O governo de Jeanine Áñez "decidiu que, a partir desta data, suspenderia as relações diplomáticas com a República de Cuba. Essa determinação deve-se às recentes declarações inadmissíveis do ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, e à hostilidade e queixas constantes contra o governo constitucional boliviano e seu processo democrático", afirmou o ministro da Presidência, Yerko Núñez, atuando como chanceler.
Segundo o Ministério, "o governo cubano afetou sistematicamente o relacionamento bilateral com base no respeito mútuo, nos princípios de não interferência nos assuntos internos, na autodeterminação dos povos e na igualdade soberana dos Estados, apesar da disposição do governo da Bolívia para manter relações cordiais".
El Ministerio de Relaciones Exteriores anuncia la suspensión de relaciones diplomáticas del Estado Plurinacional de #Bolivia con la República de #Cuba https://t.co/HUdTjoRM7v pic.twitter.com/3jeb5eRKAV
— Cancillería Bolivia (@MRE_Bolivia) January 24, 2020
O Ministério das Relações Exteriores anuncia a suspensão das relações diplomáticas do Estado Plurinacional da #Bolivia com a República da #Cuba
A decisão, que implica a paralisia de todos os acordos entre os dois países, segundo Núñez, foi anunciada um dia depois que o ministro das Relações Exteriores de Cuba descreveu o presidente Áñez como ilegal e "autoproclamada".
O comunicado correspondente foi publicado no site do Ministério das Relações Exteriores da Bolívia.
A suspensão das relações entre La Paz e Havana aprofundou a mudança na política externa lançada pelo governo de Áñez, no poder desde 13 de novembro, após a renúncia forçada de Evo Morales.