Hans-Peter Bartels descreveu no Bundestag, parlamento alemão, o atual estado das Forças Armadas do país:
"Eu informaria com prazer sobre uma melhora geral e visível das condições de serviço dos nossos soldados. Porém, as tendências anunciadas não são ainda, em grande parte, visíveis".
Na divulgação do relatório anual, Bartels lamentou que haja "muito pouco material, muito pouco pessoal [soldados] e burocracia em excesso".
Além disso, a autoridade alemã agrega que "nosso Exército durante muitos anos deverá cumprir missões para as quais ele será completamente armado e reorganizado até 2031, ficando pronto para a defesa coletiva da Europa e simultaneamente para participar de dezenas de missões estrangeiras por todo o mundo".
As Forças Armadas alemãs têm enfrentado tanto desafios orçamentários, como desafios para encontrar recrutas qualificados. Diversos escândalos recentes apontam para a presença de soldados de extrema-direita no seio do Exército alemão.
Pressão para aumentar o orçamento militar
Washington tem pressionado Berlim para aumentar seus gastos com defesa para atender o compromisso, assumido em conjunto com os outros membros da OTAN, de destinar 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para defesa. Em 2018, o orçamento militar representou 1,23%, mas está planejado um aumento para 1,38% em 2020.
No ano anterior, a chanceler alemã, Angela Merkel, assumiu o compromisso de aumentar o gasto militar para 1,5% do PIB em 2023. Também no ano anterior, a ministra da Defesa, Annegret Kramp-Karrenbauer, anunciou que o país só atenderia a meta em torno de 2031.
Ainda que bilhões de euros tenham sido alocados, o Exército alemão tem se queixado consistentemente de insuficiência de fundos, citando falta de uniformes apropriados, aeronaves que não podem decolar e até mesmo treinamento insuficiente.