Apesar das sucessivas rodadas de investimento captado e do seu crescimento à escala global, a Uber tem vindo sucessivamente a apresentar prejuízos no final de cada exercício.
A subida em flecha dos custos não tem tido correspondência nas receitas, apesar dos seus mais de 100 milhões de clientes em todo o mundo.
Vale destacar que o Brasil é o segundo maior mercado da Uber, atrás apenas dos Estados Unidos.
A sua entrada na bolsa de Nova York em maio de 2019 não inverteu a tendência, tendo a companhia apresentado um prejuízo recorde de 5,24 bilhões de dólares no segundo trimestre de 2019.
Apesar das nuvens negras, alguns analistas dos mercados de capitais defendem que 2020 pode ser um ano de sol brilhante para a Uber, colocando-a mesmo no topo dos seus portfólios.
Os corretores de Wall Street creem que a companhia introduzirá políticas para reduzir as suas perdas e continuar crescendo na sua área de negócio.
Se a empresa for capaz de implementar essas políticas, e demonstrar aos investidores que seu compromisso de alcançar rentabilidade, almejando finalmente "Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização" (EBITDA, na sigla em inglês) em 2021 como previsto, o desempenho da Uber em bolsa será bastante recompensador, creem os corretores.
"Pode ser o Facebook de 2020", disse um analista de Wall Street, baseando-se no fato de a conhecida rede social ter visto as suas ações subirem mais de 55% em 2019.
A empresa tem procedido a despedimentos e a desinvestir na afiliada Ubereats, mantendo a empresa por enquanto a confiança do mercado e na capacidade de crescimento e futuro do negócio das "caronas remuneradas".