Os advogados estão buscando status de ação coletiva em um processo em nome das vítimas a bordo de um avião ucraniano abatido sobre Teerã, exigindo uma indenização no valor de um bilhão e meio de dólares canadenses, o que equivale US$ 1,1 bilhão (R$ 4,7 bilhões).
Segundo a agência de notícias, no processo foram nomeados o Irã, seu líder supremo Ali Khamenei, a Guarda Revolucionária (IRGC) e outros.
O pleiteante principal é "descrito como um parente próximo" de uma das vítimas do desastre, mas o seu nome é mantido no anonimato devido a que, alegadamente, "sua família iraniana seria colocada em risco de dano ou morte pelo regime iraniano", escreve a mídia.
O pleito alega que a queda do avião comercial ucraniano no Irã foi "um ato intencional e deliberado de terrorismo".
Incidente aéreo em Teerã
O Boeing 737-800 operado pela Ukraine International Airlines, que decolou de Teerã para Kiev na madrugada de 8 de janeiro, foi abatido alguns minutos após a decolagem.
Todas as 176 pessoas a bordo morreram: 167 passageiros do Irã, Ucrânia, Canadá, Alemanha, Reino Unido, Suécia e Afeganistão e nove tripulantes.
Em 11 de janeiro, os militares iranianos declararam que o avião civil ucraniano, atingido por dois mísseis antiaéreos do Irã, voava próximo a um posto sensível da Guarda Revolucionária e acabou sendo confundido com uma possível ameaça. Teerã atribuiu o episódio a um "erro humano" e declarou que seu Exército "derrubou involuntariamente" a aeronave.
O presidente iraniano, Hassan Rouhani, expressou condolências às famílias das vítimas e considerou o incidente de "uma grande tragédia e um erro imperdoável".