A votação do texto elaborado pelo Reino Unido terminou 14 a 0 a favor da resolução, que condenou o aumento da violência no país africano e demonstrou preocupação com a piora da situação humanitária.
O plano foi estabelecido após conferência realizada em Berlim em 19 de janeiro. Embora o presidente russo, Vladimir Putin, tenha participado da cúpula, Moscou entendeu que não poderia endossar a resolução pois os lados em disputa não teriam capacidade de cumprir o acordo.
Dúvidas se lados 'estão dispostos a acatar decisões'
O embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, disse que se absteria pois tem dúvidas de que o plano possa ser implementado. Mas acrescentou que mudaria de opinião caso o impacto da resolução fosse positivo.
"Não há um entendimento claro se todos os lados no conflito líbio estão dispostos a acatar as decisões da conferência de Berlim", disse.
A embaixadora britânica, Karen Pierce, por sua vez, disse que a "resolução era viável" e dava "expressão concreta aos compromissos que os líderes adotaram em Berlim", segundo publicado pela agência AP.
Desde a derrubada do ex-presidente Muammar Kadhafi, em 2011, a Líbia tem vivido disputas pelo poder político local.
Atualmente, grande parte do território do país está sob controle do Exército Nacional Líbio (LNA), sob comando do marechal Khalifa Haftar.
GNA elogiou resolução do Conselho
Por sua vez, Trípoli e territórios do noroeste da Líbia estão sob controle do Governo do Acordo Nacional (GNA), que conta com reconhecimento da ONU.
O ministro das Relações Exteriores do GNA elogiou a decisão do Conselho de Segurança.
A resolução da ONU determina que a comunidade internacional não interfira nos assuntos internos da Líbia e respeite um embargo de armas das Nações Unidas, incluindo interromper o apoio militar e a retirada de "mercenários" do país.
Além disso, o plano pede um cessar-fogo imediato, duradouro e incondicional entre os grupos em disputa.