O chefe do Comando de Combate Aéreo da Força Aérea dos EUA, James Holmes, admitiu que o sistema de navegação BeiDou foi usado como uma alternativa ao GPS. Além disso, como alternativa, também foi usado o sistema russo GLONASS e o europeu Galileo, cita o portal Defense One.
"Meus garotos do U-2 voam com relógios que estão conectados ao GPS, mas também ao BeiDou, ao sistema russo [GLONASS] e ao sistema europeu [Galileo], então se alguém bloquear o GPS, ainda terão os outros [sistemas]", destacou o oficial.
As aeronaves estariam utilizando os sistemas de navegação alternativos para assegurar que os pilotos não percam o rumo, caso o GPS sofra alguma pane. Apesar dos temores difundidos pelo governo norte-americano sobre o suposto risco aos dados manejados pelos dispositivos da Huawei, parece que os militares norte-americanos não têm nada a temer, destacou o especialista militar chinês, Zhou Chenmin.
O BeiDou foi desenvolvido como um projeto comercial e, ao contrário do GPS utilizado pelos norte-americanos, o sistema chinês não controla os sinais de seus satélites.
Ao mesmo tempo, é muito pouco provável que os microchips do BeiDou nos relógios inteligentes dos pilotos possam ser identificados e rastreados, destacou o analista.
"Para rastrear em tempo real, é preciso instalar transponderes especiais, similares aos utilizados nos sistemas de identificação automáticos dos aviões. Os chips normais não possuem transponderes", concluiu Chenmin.
A utilização do sistema chinês como alternativa ao GPS norte-americano mostra o nível tecnológico alcançado pelo país asiático.
Holmes provavelmente fez referência aos relógios inteligentes da Garmin, já que alguns modelos da empresa possuem sistemas de navegação.
Os U-2R/TR-1 são as principais aeronaves de reconhecimento dos EUA, inicialmente lançados em 1957.