China teria programa antissatélite operacional e pronto para ser lançado

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Relatórios recentes sobre ameaças espaciais sugerem que ao menos um dos programas antissatélite (DA-ASAT) da China já estaria operacional.

A Fundação Mundo Seguro (SWF, na sigla em inglês) e o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) divulgaram novos relatórios sobre os programas ASAT da China, que os EUA consideram como uma ameaça aos seus satélites em órbita terrestre baixa.

"A capacidade do DA-ASAT chinês contra alvos [em órbita terrestre baixa] está consolidada e pode ser operacionalmente instalada em campo através de lançadores móveis", aponta o relatório da SWF.

De acordo com a Aviation Week, o míssil cinético SC-19, que derrubou o satélite FengYun 1C em 2007 "poderia estar operacional", conforme o relatório do dia 30 de março.

Além disso, os especialistas acreditam que a China tenha desenvolvido "no mínimo três sistemas ASAT de ascensão direta, mas não se sabe se todos seriam utilizados em missões no espaço".

CC BY 2.0 / Carolyn Kaster / Bandeira do Comando Espacial dos EUA, recentemente transformado em Força Espacial
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Bandeira do Comando Espacial dos EUA, recentemente transformado em Força Espacial

Por sua vez, o relatório do CSIS indica que não é fácil determinar os objetivos dos programas, sugerindo que "os testes de mísseis são mais difíceis de entender, pois podem funcionar com capacidade espacial durante tempos de conflito". Os pesquisadores do CSIS afirmam ter descoberto que a Força de Apoio Estratégico da China, criada em 2015, começou a treinar unidades especializadas para operar sistemas ASAT.

Os relatórios também sugerem que a China estaria alterando sinais de GPS com o objetivo de ocultar suas "atividades ilícitas" que ocorrem em seus portos.

"Deve-se esperar um aumento na taxa de interferência e falsificação de sinais de satélites à medida que as capacidades proliferem e se tornem mais sofisticadas nos próximos anos", observou Todd Harrison, membro sênior do CSIS e coautor do estudo.

A SWF ainda destaca que em 2018, o então diretor de Inteligência Nacional dos EUA, Daniel Coats, afirmou ao Senado norte-americano que a China "possui um míssil ASAT operacional baseado em terra com o objetivo de atingir satélites de órbita terrestre baixa".

Anteriormente, o Centro Nacional de Inteligência Aérea e Espacial (NASIC) havia afirmado que a China estava tentando desenvolver sua tecnologia contra-espacial com o objetivo de "desafiar a soberania dos EUA". Após isso, a administração Trump criou a Força Espacial dos EUA.

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