Segundo o jornal o Globo, quatro casos são de familiares da etnia Kokama, no Amazonas, na cidade de Santo Antônio do Icá, onde foi registrado o primeiro caso de indígena infectado pelo vírus no Brasil.
Além disso, há o caso da idosa, de 87 anos, do povo Borari, que morreu no dia 19 de março em Alter do Chão, no município de Santarém, mas que a Secretaria de Saúde do Pará só revelou se tratar de óbito causado pela COVID-19 em 1° de abril.
Os outros dois casos são de um homem da etnia Bará, de 45 anos, no Amazonas, e de um adolescente Yanomami de 15 anos, que está em estado grave em Roraima.
Adolescente com Síndrome Respiratória Aguda Grave
O garoto deu entrada no dia 3 de abril em um hospital com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Seu primeiro teste para a COVID-19 havia dado negativo, mas na segunda testagem deu positivo.
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito civil para apurar as circunstâncias da morte da indígena no Pará. De acordo com o órgão, inicialmente seu caso não foi notificado como sendo do novo coronavírus.
O funeral da idosa, considerada uma guardiã da cultura regional, foi acompanhado por centenas de pessoas. O MPF pede o rastreamento e acompanhamento de todas as pessoas que estiveram presentes na cerimônia.
Segundo boletim do Ministério da Saúde divulgado nesta terça-feira (8), foram confirmados 13.717 casos do novo coronavírus no país e 667 mortes.
No Amazonas, são 636 casos e 23 mortes; no Pará, 138 casos e cinco óbitos; e em Roraima, 42 casos e uma vítima fatal.