O remédio é indicado para doenças como malária, lúpus e artrite e vem sendo testado para o tratamento de pacientes com COVID-19, informou Agência Brasil.
Bolsonaro conversou com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, durante o fim de semana, e pediu apoio no fornecimento dos medicamentos.
"Nossos agradecimentos ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, que, após nossa conversa por telefone, liberou o envio ao Brasil de um carregamento de insumos para produção de hidroxicloroquina", escreveu Bolsonaro no Twitter. "Um gesto honroso que poderá ajudar a salvar a vida de muitos brasileiros, e do qual jamais esqueceremos”, acrescentou o político.
Durante seu pronunciamento na noite de quinta-feira, Bolsonaro disse que a matéria-prima deve chegar até sábado.
- Nossos agradecimentos ao primeiro-ministro da Índia @narendramodi, que, após nossa conversa por telefone, liberou o envio ao Brasil de um carregamento de insumos para produção de hidroxicloroquina. pic.twitter.com/CU6R3u3QXF
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 9, 2020
Índia é uma importante produtora de insumos para remédios e principal fornecedora mundial de medicamentos genéricos. No entanto, em meio à crise de COVID-19, o país restringiu a exportação de ingredientes farmacêuticos.
O presidente Bolsonaro vem defendendo a possibilidade de tratamento da COVID-19 com hidroxicloroquina desde a fase inicial da doença. Na semana passada, o governo federal zerou o imposto de importação cobrado de medicamentos como a cloroquina, e seu derivado, a hidroxicloroquina, e a azitromicina para facilitar o combate da doença.
O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, no entanto, reforçou que só recomendará a cloroquina e a hidroxicloroquina caso sejam referendadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) como medicamentos viáveis no tratamento contra o novo coronavírus.
.@fiocruz investiga ação de antirretrovirais contra #Covid19 https://t.co/BaaIimNlaB pic.twitter.com/KXFgo68TxQ
— Agência Fiocruz (@agencia_fiocruz) April 6, 2020
O ministro também destacou que 85% das pessoas com sintomas de síndrome gripal se curam com medicamentos como o paracetamol e que, se usassem a hidroxicloroquina, ficariam sujeitos a seus efeitos colaterais. O medicamento pode gerar arritmia, com riscos a pacientes que não estão internados.
CFM, por outro lado, esclarece que, até o momento, a OMS não recomenda nenhum tratamento e que "não há estudos conclusivos que comprovem a eficácia e segurança do uso de medicamentos que contêm cloroquina e hidroxicloroquina para o tratamento da COVID-19".