Cientistas analisaram restos mortais de um grupo de arqueiros e seus parentes do Império Romano do Oriente durante o turbulento período Proto-Bizantino, que abrange os séculos IV a VII.
No sítio arqueológico de Paliokastro, localizado na ilha de Tasos, pesquisadores da Universidade de Adelphi examinaram dez restos de esqueletos, entre eles quatro mulheres e seis homens, que provavelmente tinham uma alta posição social. Os fragmentos achados indicam que aquelas pessoas praticavam atividades físicas.
"O local de enterramento e a arquitetura da igreja funerária monumental e a construção dos túmulos é espetacular", disse antropólogo e pesquisador principal Anagnostis Agelarakis.
"De acordo com as características anatômicas do esqueleto daquelas pessoas, tanto homens como mulheres viveram vidas fisicamente exigentes", afirmou Agelarakis, professor de antropologia do Departamento de História da Universidade de Adelphi.
"Os casos de traumatismos muito graves sofridos tanto por homens como por mulheres foram tratados cirurgicamente ou com ortopedia por um médico ou cirurgião com muita experiência e com bastante treinamento em tratamentos de traumas. Pensamos que tenha sido um médico militar", explicou.
No que toca a cirurgia no cérebro, o antropólogo acredita que o homem era uma figura importante para a população de Paliokastro, já que a cirurgia parece ter sido muito complexa. Partindo dessa informação, a equipe conseguiu dados médicos e paleopatológicos sobre a cirurgia, concluindo que a causa provável do tratamento foi uma infecção.