Bolsonaro pediu no sábado (11) ao ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, que vetasse o monitoramento. O Ministério já havia anunciado que a implementação do sistema seria realizada no Brasil, após consulta por empresas de telefonia.
O ministro Pontes havia, inclusive, gravado um vídeo sobre o assunto, que foi postado em redes sociais mas deletado após o veto de Bolsonaro. O ministro explicou a situação em uma postagem no Instagram, apontando que Bolsonaro pediu "prudência" em relação à medida.
A justificativa do presidente para o veto seria de que há risco à privacidade dos cidadãos e de que o governo federal pretende avaliar o tema.
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A tecnologia utiliza, através de dados fornecidos por empresas de telefonia, a geolocalização para ajudar a monitorar aglomerações e também mensurar o nível de isolamento social da população. Países como a Coreia do Sul utilizaram tecnologia semelhante no combate à pandemia do novo coronavírus.
Em São Paulo, a tecnologia já está sendo utilizada através do Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP), cujos dados vêm sendo veiculados através do site do governo do estado. Os estados tem autonomia para realizar esse tipo de monitoramento.
Nesta segunda-feira (13), os dados paulistas apontam que há um isolamento social de 59% da população no estado, o que é considerado abaixo do ideal pelo governo local, que estima ser necessário um índice de pelo menos 70% de isolamento.