A história do Yakovlev 130D começou entre a década de 1980 e 1990, quando ficou claro que o avião tcheco L-39 Albatros já não era suficiente para os treinamentos.
Os pilotos soviéticos não podiam mudar logo de aeronaves, passando a pilotar os caças Su-27 ou MiG-29, que eram mais modernos, não podendo fazer a instrução nestes aparelhos pois, neste caso, o Estado precisaria gastar muitos recursos financeiros em sua formação.
Com isso, os construtores da Sukhoi, Mikoyan, Myasishchev e Yakovlev começaram a desenvolver uma nova aeronave de treinamento. O comandante da Força Aérea da União Soviética, Alexander Efimov, anunciou o plano no dia 20 de abril de 1990.
Devido à falta de investimento, as empresas envolvidas no desenvolvimento do Yak-130 trabalharam em conjunto com parceiros estrangeiros, como a italiana Aermacchi, enquanto a MiG-AT contava com diversas companhias francesas.
Apesar do grande esforço de seus concorrentes, a aeronave da Yakovlev foi eleita para ser adotada pela Força Aérea russa. Entretanto, devido a uma séria de divergências com a italiana Aermacchi, o desenvolvimento da aeronave foi interrompido em sua última etapa.
Como resultado, cada empresa recebeu a documentação técnica da aeronave, com base na qual a Aermacchi desenvolveu o M-346 e a Yakovlev desenvolveu o Yak-130.
Em 2009, o Yak-130 passou com sucesso pelos testes estatais e, em dois anos, sua produção em série foi iniciada. O Yak-130 é o primeiro avião completamente desenvolvido na Rússia após o fim da União Soviética.
A aeronave ainda foi a primeira da história aeronáutica do país a receber uma cabine completamente de vidro, onde as informações de voo eram mostradas em diversas telas, ao invés dos indicadores analógicos.
O Yak-130 é capaz de transportar até três toneladas de carga útil, incluindo quatro mísseis guiados R-73 ar-ar, outros quatro Kh-25M ar-terra, diversos foguetes de 266 milímetros e bombas aéreas, entre outros projéteis.
Totalmente armado e abastecido, a avião pesa mais de 10 toneladas, superando o peso máximo do caça norte-americano F-16 ao decolar.
O pequeno avião segue causando temor pelo fato de ir muito além do treinamento, ou seja, é uma aeronave capaz de realizar também missões de combate.