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'Brasil não está em crise ainda' por causa de auxílio de R$ 600, diz Bolsonaro

© REUTERS / Ueslei MarcelinoO presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, acena em frente a uma bandeira dos Estados Unidos durante protesto pró-intervenção militar em Brasília, em 3 de maio de 2020.
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, acena em frente a uma bandeira dos Estados Unidos durante protesto pró-intervenção militar em Brasília, em 3 de maio de 2020. - Sputnik Brasil
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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (7) que o "Brasil não está em crise ainda" em função do auxilio emergencial de R$ 600 pago durante a crise do coronavírus. 

A declaração foi feita para apoiadores que o esperavam na porta do Palácio da Alvorada, em Brasília. Bolsonaro estava sem máscara, assim como sua equipe de seguranças. 

"Brasil não está em crise ainda por causa dos R$ 600, senão o pessoal tava com fome aí", disse Bolsonaro ao responder a uma mulher, segundo o jornal O Globo.

O auxílio emergencial começou a ser pago em meados de abril para os cidadãos que se encaixam no perfil estabelecido pelo governo, que foi criticado por demorar a aprovar a medida.

Inicialmente, o valor estipulado pelo governo era de R$ 200, mas a Câmara sugeriu uma quantia de R$ 500. Ao final, o governo aprovou o benefício de R$ 600. A bolsa será paga por três meses ou pelo tempo que durar a epidemia da COVID-19. Cerca de 50 milhões de pessoas receberam o auxílio. 

'Não posso passar por cima do Supremo'

No encontro com os apoiadores no Alvorada, Bolsonaro também afirmou que não poderia "passar por cima do Supremo". 

Uma mulher chamou de "palhaçada" a posição de governadores e do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação às medidas de isolamento social. Segundo decisão da corte, cabe aos estados e municípios, e não ao governo federal, determinar as regras de quarentena para evitar a disseminação do coronavírus. 

"A senhora falou aval do STF, verdade. Eu não posso passar por cima do Supremo. Inclusive, [os governadores e prefeitos] estão aumentando as medidas protetivas. Já está na casa de 10 milhões de desempregados formais no Brasil", afirmou. 

Alguns estados iniciaram nos últimos dias, em cidades mais afetadas pela COVID-19, medidas ainda mais duras de isolamento ou mesmo o lockdown, como Pará, Maranhão e Ceará. 

'Vão dizer que sou responsável pelo desemprego'

Além disso, Bolsonaro criticou mais uma vez a imprensa, afirmando que a mídia vai querer responsabilizá-lo pelo aumento do desemprego. 

"Já estou vendo matéria na imprensa sobre o desemprego. Daqui a pouco vão dizer que eu sou responsável pelo desemprego", afirmou. 

Desde o início da epidemia do coronavírus no Brasil, o presidente critica as medidas de isolamento social recomendadas pelo próprio Ministério da Saúde. Ele argumenta que a economia precisa ser reativada para evitar uma recessão. 

Segundo o último boletim do governo, o Brasil registra 125.218 casos do coronavírus e 8.218 mortes.

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