Apresentada em um tribunal de Londres em 14 de maio, a reinvindicação diz que Caracas precisa do ouro de volta para comprar equipamentos de saúde, remédios e alimentos para enfrentar a "emergência da COVID-19".
Estimados em US$ 1,7 bilhão (R$ 9,7 bilhões), os ativos venezuelanos estão mantidos nos cofres do banco central britânico assim como as reservas de ouro de muitos países em desenvolvimento.
Contudo, a Venezuela não conseguiu recuperar seus ativos de Londres devido à pressão política dos EUA, que vêm tentando depor o presidente Nicolás Maduro.
Pedido rejeitado
"A demora do Banco da Inglaterra está prejudicando gravemente a Venezuela e os esforços da ONU para combater a COVID-19 no país", declarou Sarosh Zaiwalla, advogado de Londres que representa o banco central britânico, citado pela agência de notícias.
Uma vez vendidos pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), os fundos são transferidos para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Em janeiro, o BoE rejeitou o pedido de Caracas de retirar US$ 1,2 bilhão em ouro. A Bloomberg informou na época que a recusa ocorreu após o pedido de autoridades americanas para ajudar a cortar o governo Maduro de seus ativos no exterior.
Caracas mergulhou profundamente na crise política depois que o líder da oposição Juan Guaidó se declarou presidente interino após pedidos norte-americanos de mudança de governo na Venezuela. Enquanto oferece apoio a Guaidó, Washington tem como alvo a Venezuela com várias rodadas de sanções, prejudicando as finanças do país. As restrições incluem o setor de petróleo vital do país, que responde pela maior parte de suas receitas.