Segundo ele, somente quando for descoberta e distribuída uma vacina para grande parcela da população, será criada uma imunidade de grupo para barrar a circulação do vírus SARS-CoV-2.
A imunidade de rebanho acontece quando 70% da população é contaminada por um vírus e, desta forma, adquire imunidade, fazendo a curva de transmissões diminuir até acabar.
A tese é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, que por várias vezes disse que o contágio pelo vírus é inevitável e 70% dos brasileiros vão ser infectados. A estratégia é criticada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
"Questões que têm sido colocadas, por exemplo, de que é importante que o Brasil adquira uma imunidade de rebanho de 70% de pessoas infectadas para que a gente tenha uma diminuição no número de casos, efetiva. Eu considero que essa não é a melhor estratégia se você não tem uma vacina", disse Macário, segundo publicado pelo portal G1.
Com 70% de infectados, 1,8 milhão de mortos
Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira (26), o Brasil registra 24.512 mortes pela COVID-19 e 391.222 casos confirmados.
Caso 70% da população fosse contaminada, o número de óbitos poderia chegar a 1,8 milhão, cenário em que o sistema de saúde estaria totalmente colapsado.
Macário afirmou ainda que a produção de uma vacina pode não ser rápida, mas ele acredita que em "um futuro próximo, a médio prazo", ela pode ficar pronta.
"Para que aí sim a gente possa estabelecer uma estratégia nacional adequada de imunização e proteção, como tem sido feito, ano após ano, tanto para a vacina da Influenza, sarampo, febre amarela, BCG, pentavalente. O SUS está preparado para dar essa resposta em termos de imunização", disse.