De acordo com o estudo, o fóssil, encontrado em um lago ao redor da ilha escocesa de Kerrera, poderia ser o mais antigo de todos os insetos já encontrados até hoje, já que data de 425 milhões de anos atrás.
Para estudar esses restos, os pesquisadores extraíram e analisaram um mineral microscópico, a zirconita, das rochas que continham os fósseis. Suas conclusões contrastaram com as de estudos anteriores que, ao estimar a velocidade das mutações no DNA, consideraram que os insetos mais antigos apareceram há 500 milhões de anos.
"Parece haver uma rápida radiação da evolução desses vales montanhosos, até as planícies e depois para todo o mundo depois disso", disse Michael Brookfield, pesquisador associado da universidade.
Embora a nova pesquisa, publicada na revista Historical Biology, admita a possibilidade de que existam fósseis anteriores de plantas e insetos, os cientistas acham isso improvável, já que não foram encontrados mesmo em depósitos conhecidos por conterem os restos mais delicados.
A 425-million-year-old millipede fossil from the Scottish island of Kerrera is the world’s oldest “bug,” according to a team of Jackson School scientists: https://t.co/V4mJntr9Dh pic.twitter.com/14HoV73ju1
— UT Jackson School of Geosciences (@txgeosciences) May 27, 2020
Um fóssil de milípedes de 425 milhões de anos, da ilha escocesa de Kerrera, é o "inseto" mais antigo do mundo, de acordo com uma equipe de cientistas da Jackson School
Se as estimativas dos pesquisadores estiverem corretas, estas espécies demoraram apenas cerca de 40 milhões de anos - muito menos do que estudos anteriores tinham estimado - para desenvolver-se em uma comunidade de organismos ligados ao lago e a um ecossistema florestal complexo, com árvores altas, aranhas e outros insetos.