Epidemiologista adverte: nova pandemia será 100 vezes mais virulenta que esta se nada for feito

© REUTERS / Carlos Jassoaramédico participa de um minuto de silêncio em homenagem a seus colegas, mortos devido à doença causada pelo coronavírus (COVID-19), no monumento ao Anjo da Independência na Cidade do México, México, 30 de maio de 2020
aramédico participa de um minuto de silêncio em homenagem a seus colegas, mortos devido à doença causada pelo coronavírus (COVID-19), no monumento ao Anjo da Independência na Cidade do México, México, 30 de maio de 2020 - Sputnik Brasil
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Novo vírus, "100 vezes pior" que o coronavírus, foi previsto por cientista norte-americano que, recordando zoonoses causadoras de pandemias, elege galinhas como futuro foco transmissor.

No seu último livro "Como sobreviver a uma pandemia", o cientista norte-americano Michael Greger explica que um novo vírus apocalíptico 100 vezes mais virulento irá em breve bater à porta da humanidade se nada for feito para impedi-lo.

Segundo noticia o site Armenian Reporter, o médico salienta o facto de as zoonoses, doenças infecciosas cujos agentes são naturalmente transmitidos dos animais para os seres humanos, serem a dor de cabeça para os humanos em termos de vírus.

Greger garante que o coronavírus não será a última pandemia que assolará a humanidade, recordando que o SARS-CoV-2 foi transferido para os seres humanos através da carne de pangolins, que é considerada uma especialidade nos países asiáticos.

Incubadora de vírus

Segundo o epidemiologista norte-americano Michael Osterholm, o vírus H5N1, também conhecido como gripe das aves, assemelha-se ao mortífero vírus da gripe espanhola de 1918 – também originado em pássaros – e pode levar a uma repetição desta pandemia.

"Todos os frangos nascidos são uma nova incubadora para vírus", afirmou, citado pelo site.

Em princípio, Greger concorda. A única abordagem correta para garantir o fim de futuras pandemias seria a de matar todos os frangos deste planeta.

Mas reconhecendo a importância da indústria, preferiu salientar que o importante era começar a criar galinhas não em grandes granjas, mas sim em pequenas explorações, com menos aves e em condições mais higiénicas, para evitar uma nova epidemia.

Nas condições atuais de criação industrial de galinhas, com o "mau fluxo de ar, as más condições dos galpões, a higiene deficiente e o nível excessivo de amoníaco devido a seus excrementos, não é de admirar que as doenças floresçam", alertou o especialista.

© Sputnik / Igor ZaremboFuncionárias do complexo avícola Produkty Pitaniya, localizado próximo à vila de Aleksandr Kosmodemyansky, na região de Kaliningrado, Rússia
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Funcionárias do complexo avícola Produkty Pitaniya, localizado próximo à vila de Aleksandr Kosmodemyansky, na região de Kaliningrado, Rússia

Greger recordou que a tuberculose e o sarampo provêm dos ovinos e caprinos, a varíola dos camelos, a lepra dos búfalos de água, a tosse convulsa dos suínos, a febre tifoide dos frangos e o vírus da constipação comum dos bovinos e dos equídeos.

"Estas zoonoses quase nunca chegam às pessoas diretamente, mas através da ponte de uma outra espécie", escreve Greger.

As zoonoses são transmitidas aos seres humanos através da carne de um animal infectado. A maioria destes vírus não são perigosos hoje em dia, mas podem sofrer mutações e começar a enfraquecer o sistema imunitário humano, podendo levar à morte.

O SARS-CoV-2 espalhou-se rapidamente pelo mundo graças à globalização. "Veja-se como uma única refeição pode custar à humanidade triliões de dólares e milhares de vidas", alertou Greger, chamando a atenção para a necessidade de a humanidade ter de aprender a diminuir as hipóteses de surtos pandêmicos.

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