Ao falar perante centenas de pessoas que se reuniram na Praça de São Pedro, o Papa Francisco pediu que as populações de países que estão relaxando restrições continuem seguindo as recomendações das autoridades sobre distanciamento social.
"Cuidado, não declarem vitória, não declarem vitória muito cedo", disse o Papa. "Sigam as regras. São regras que nos ajudam a evitar que o vírus avance."
O pontífice também expressou preocupação com as vidas que o coronavírus toma, especialmente na América Latina.
Contagem de vítimas da COVID-19
Ao menos 6,9 milhões de pessoas foram infectadas pelo vírus, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, cujo registro agregado se tornou a principal referência mundial para o monitoramento da doença. Seu contador afirma que os Estados Unidos lideram o mundo com 110 mil mortes confirmadas causadas pelo coronavírus. A Europa como um todo registrou mais de 175 mil óbitos desde que o vírus surgiu na China no final do ano passado.
Os especialistas em saúde, no entanto, acreditam que a contagem da Universidade John Hopkins não mostra a verdadeira dimensão da tragédia da pandemia.
Muitos governos têm lutado para produzir estatísticas que possam ser consideradas razoavelmente indicadores reais da pandemia, dada a escassez de testes de diagnóstico, especialmente na primeira fase da crise. As autoridades da Itália e da Espanha, com mais de 60 mil mortes combinadas, reconheceram que sua contagem de mortes é maior do que a história contada pelos números.
O governo do Brasil parou de publicar o total contínuo de mortes e infecções por coronavírus; os críticos dizem que é uma tentativa de esconder o verdadeiro custo da doença, informa a agência de notícias Associated Press.