Em entrevista ao jornal Global Times, especialistas chineses comentaram que as ações dos EUA estão expondo novamente sua política hegemônica na região, mas por sua vez a China poderia agir contra estas provocações realizando manobras militares e demonstrando sua capacidade e determinação para salvaguardar sua integridade territorial.
Os três porta-aviões dos EUA, USS Theodore Roosevelt, USS Nimitz e USS Ronald Reagan, além de outros navios de guerra e aeronaves, iniciaram uma missão de patrulha nas águas do Indo-Pacífico.
Trata-se da primeira vez em quase três anos que Washington envia tantos porta-aviões em simultâneo para a região.
Tal medida ocorre em meio ao aumento de tensões entre China e EUA em torno de assuntos como o surgimento da COVID-19, a lei de segurança nacional de Hong Kong e os territórios reivindicados no mar do Sul da China.
Agrupando estes porta-aviões os EUA tentam demonstrar a toda a região e ao mundo inteiro que eles continuam sendo a força naval mais poderosa, podendo entrar no mar do Sul da China e ameaçar tropas chinesas nas ilhas de Paracel e no arquipélago Spratly e os navios que navegam em águas próximas para levar a cabo sua política hegemônica, afirmou Li Jie, especialista naval de Pequim.
China poderia se opor às ações dos EUA reforçando sua preparação para um possível conflito, conduzindo exercícios na região, indicando a Washington que Pequim é capaz e está determinado a proteger sua integridade territorial, comentou o especialista chinês.
China possui uma ampla variedade de armas projetadas para afundar porta-aviões, tais como mísseis balísticos antinavio de médio alcance DF-21D e mísseis balísticos intermediários DF-26 que podem alcançar Guam, território dos EUA no Pacífico.