Foi durante escavações em Tepe Ashraf, a única colina histórica de Isfahan, que os arqueólogos descobriram uma segunda urna fúnebre em forma de vaso.
Enterros em vasos funerários
Enterros em vasos foram praticados em diversas civilizações e tanto podiam ser um sepultamento primário, logo após a morte, ou secundário, onde os restos mortais seriam posteriormente depositados ou mesmo incinerados.
TEHRAN – The discovery of the second giant jar-tomb in the sole historical hill of Isfahan has shed new light on ancient human life in the central Iranian city.https://t.co/mZGGx95NH9
— ✞he Beginning of Sorrows (@BillyNightTrain) June 19, 2020
A descoberta de um segundo pote funerário gigante na única colina histórica de Isfahan lançou uma nova luz sobre a vida humana antiga nesta cidade do Irã central
Esta descoberta vai ao encontro de "uma hipótese anterior que sugere a existência de um cemitério da era parta no leste da colina. Agora, Tepe Ashraf é o segundo lugar depois de Tepe Sialk [na província de Ispaã] onde se encontraram esses vasos funerários que oferecem pistas valiosas para desvendar a história obscura de Isfahan pré-islâmica", afirmou o arqueólogo sênior Alireza Jafari-Zand, citado pelo Tehran Times.
Jafari-Zand, que dirige a escavação arqueológica na colina, acredita que o cemitério pode abarcar uma grande área, estando confiante de que novas escavações levarão à descoberta de outros exemplos deste tipo de enterro.
"A descoberta deste segundo local de sepultamento em forma de vaso na parte oriental de Tepe Ashraf prova que podemos ter encontrado um cemitério do tempo do Império Parta [247 a.C.-224 d.C.]", afirmou Jafari-Zand.
Outras descobertas
Foi encontrado igualmente um poço de pedra antigo que se estima ser do tempo do Império Sassânida, que foi o último império persa pré-islâmico (224–651 d.C.).
Algumas obras de argila das dinastias Buída (934-1055 d.C.) e Seljúcida (1037-1194 d.C.) também foram encontradas, quando trabalhadores estavam cavando o terreno para a encanação da água do poço.
Os arqueólogos acreditam que suas escavações no morro, que está localizado na área urbana da cidade, serão úteis no desenvolvimento dos estudos arqueológicos na cidade antiga.
"Isfahan é uma cidade que nunca morreu ao longo da história [...] e a Isfahan antiga está embaixo da cidade moderna, pelo que normalmente a escavação arqueológica é impossível na cidade", segundo Jafari-Zand, que acredita que o monte mantém uma parte da história de Isfahan e do Irã em seu seio, escreve o Tehran Times.
O morro foi seriamente danificado no lado norte pela construção de uma rua. Além disso, escavações não científicas realizadas por vários estagiários de arqueologia em 1987 danificaram parcialmente estratos históricos.