Coronel americano indica o ponto mais fraco da Força Aérea dos EUA

CC0 / Robert Sullivan / Bombardeiro B-52H da Força Aérea dos Estados Unidos (foto de arquivo)
Bombardeiro B-52H da Força Aérea dos Estados Unidos (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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A fraqueza crítica da Força Aérea EUA consiste na falta de bombardeiros furtivos aptos a atacar qualquer alvo no mundo. Composição atual seria pouco equilibrada, colocando segurança nacional em risco.

A esta conclusão chegou o coronel aposentado americano Mark Ganzinger, diretor e analista do Instituto Mitchell e antigo vice-secretário adjunto da Defesa para transformação de forças e recursos.

Opção do Pentágono criticada

O coronel garante só haver duas alternativas para bombardeios de longo alcance – bombardeiros furtivos capazes de operar nas proximidades dos alvos e mísseis que operem a longas distâncias.

O autor escreve que agora há apenas 20 bombardeiros B-2 furtivos em serviço, manifestando-se contra a intenção do Pentágono de desenvolver um novo conceito de aeronave, o Avião Arsenal, baseado nos aviões de transporte Lockheed C-130 e Boeing C-17.

Mas para Ganzinger, na verdade, o Avião Arsenal traduz-se em um pesadíssimo investimento em poder de fogo que não alterará o equilíbrio de forças. Outras unidades do Exército dos EUA também estão comprando novas armas estratégicas que aumentam seu poder de ataque.

O coronel defende que a solução mais econômica e fiável seria investir em mais bombardeiros B-21 e não optar pelo Avião Arsenal.

O Avião Arsenal apresenta limitações significativas na quantidade de munição que poderá carregar, e quanto mais longe o alvo a atingir se encontrar, menos armamento o avião poderá levar, dando vantagem ao inimigo.

Para além disso, e segundo Mark Ganzinger, o custo de uma arma é diretamente proporcional ao seu alcance e complexidade. Lançar mísseis caros de longo alcance, incluindo mísseis hipersônicos, contra dezenas de milhares de alvos será muito mais caro do que bombardeiros reutilizáveis, usando munições mais baratas e de precisão cirúrgica.

"O Avião Arsenal não será nem mais barato nem mais rápido [do que aquilo que já temos agora]. Serão necessários bilhões de dólares só para retomar a produção do C-17 [que foi suspensa em 2015]." E essa possibilidade está sendo equacionada. "O desenvolvimento de uma nova aeronave custaria ainda mais" e levaria demasiado tempo, opina o especialista militar, citado pela revista Defense News.

Caminho a seguir

De acordo com Mark Ganzinger, a Força Aérea americana já tem meios que podem perfeitamente ocupar o lugar do Avião Arsenal. Trata-se do bombardeiro subsônico B-52H e do B-1B, bombardeiro estratégico quadrimotor de geometria variável.

Ganzinger alerta para o fato de os interesses de segurança dos Estados Unidos estarem sendo ameaçados atualmente como nunca o foram antes. China e Rússia representam desafios de natureza que os EUA não enfrentam desde a Guerra Fria, e Irã e Coreia do Norte buscam formas de lançar ataques devastadores com mísseis.

"E o país não tem de momento recursos para investir em baixa qualidade ou capacidades excessivamente duplicativas", concluiu o coronel.
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