Os manifestantes mantiveram distanciamento social e colocaram cruzes em frente ao prédio do Congresso para lembrar os mais de 57 mil mortos na pandemia do novo coronavírus no Brasil.
A manifestação faz parte de um movimento internacional nomeado de "Stop Bolsonaro" (Pare Bolsonaro), que realizou atos em diversas cidades do mundo em protesto contra o presidente brasileiro.
Viena Austria 🇦🇹 🇧🇷 Tá rolando também o #StopBolsonaroMundial Tá lindo 🌎✊🏿✊🏼✨ Fora Bolsonaro e Mourão 🤜🏻🤛🏾❤️ pic.twitter.com/lSaCzX3QJs
— Bruno Fernandes 🤍🚩 @stopBolsonaro (@BrunooLuccaa) June 28, 2020
O movimento liderado por partidos de oposição ao governo Bolsonaro também ocorreu virtualmente através de hashtags.
Protestos foram registrados em países como Áustria, Alemanha e Reino Unido.
Londres #StopBolsonaroMundial pic.twitter.com/qIft3BQLcG
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) June 28, 2020
Atos semelhantes têm acontecido aos domingos ao longo das últimas semanas nas capitais brasileiras. Os mais recentes têm ecoado protestos contra o racismo, deflagrados no mundo inteiro após o assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos. Os protestos também denunciam o aumento de mortes por intervenção de agentes do Estado em estados brasileiros como São Paulo e Rio de Janeiro.
Manifestantes defendem Bolsonaro em ato paralelo
Manifestações favoráveis ao presidente brasileiro também têm sido realizadas nas capitais brasileiras, assim como neste domingo (28), em Brasília. Os manifestantes pró-Bolsonaro levaram faixas e cartazes pedindo intervenção militar.
O Brasil é hoje o segundo país do mundo com mais mortes e casos confirmados do novo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, o Brasil acumula 1.313.667 casos e 57.070 mortes causadas pela COVID-19.
Ato em Portugal
Portugal também aderiu ao movimento. A manifestação em Lisboa se realizou na famosa praça do Rossio, ponto emblemático da cidade, e contou com o apoio de deputados portugueses de partidos de centro-esquerda. Os manifestantes ocuparam o espaço respeitando as distâncias de segurança e usando máscaras.
"Existe hoje a necessidade de se dizer mundo afora o que se passa no Brasil. É um desgoverno com o Brasil. Não gritamos fora Bolsonaro apenas pelas mortes, mas porque é um governo nomeadamente fascista, racista, minimiza os efeitos da COVID-19 e também dá toda a guarida ao neoliberalismo. É um governo genocida", diz à Sputnik Brasil o economista Raphael Reis, membro do núcleo do Partido dos Trabalhadores (PT) em Lisboa, uma das entidades organizadoras do evento.