Mandetta disse à Globonews que espera que o presidente se recupere e que ele tenha apenas sintomas leves, além de "refletir sobre as pessoas que não têm acesso a uma ressonância magnética no primeiro dia, a um médico particular [...] para fazer as reflexões necessárias" a fim de evitar outros casos.
O ex-ministro deixou o cargo em abril, após inúmeras tensões sobre sua maneira de lidar com a crise da saúde, especialmente por sua defesa de medidas de isolamento social, sempre questionadas por Bolsonaro.
Para Mandetta, a confirmação do contágio de Bolsonaro é uma prova de que a doença está passando por uma transmissão "extremamente ativa", principalmente na região de Brasília, onde os casos aumentaram acentuadamente nas últimas semanas.
O ex-ministro também questionou o uso da hidroxicloroquina no tratamento da doença, depois de Bolsonaro ter dito que já tomou os primeiros comprimidos e está bem – a comunidade acadêmica já descartou a eficácia da droga.
"Existe um uso politizado [da droga] como uma válvula para que as pessoas se sintam seguras e possam trabalhar", criticou o ministro.
Bolsonaro, de 65 anos, testou positivo para COVID-19 nesta terça-feira (7) e passará os próximos dias trabalhando em sua residência oficial, o Palácio da Alvorada.