Segundo o Ministério Público, a família Ferreira dos Santos, criadora do MBL, deve cerca de R$ 400 milhões em impostos federais. Os investigadores apuram os crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio, razões que levaram às prisões de Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso (conhecido como Luciano Ayan).
No total, foram cumpridos seis mandados de buscas e apreensão e dois de prisão na capital paulista e em Bragança Paulista, município localizado no interior de São Paulo.
Os promotores informaram que Alessander Mônaco Ferreira fez grandes movimentações financeiras, incompatíveis com a sua renda e patrimônio, de doações feitas tanto ao MBL quanto ao Movimento Renovação Liberal (MRL). Ele também participou da criação de duas empresas de fachada.
Por sua vez, Carlos Augusto de Moraes Afonso é investigado por ameaças contra os críticos do MBL e de suas finanças, além da disseminação de fake news atribuída ao movimento. Ele também fez movimentações incompatíveis, segundo a apuração, e criou quatro firmas fantasmas.
Em nota, o MBL informou que os dois homens detidos não integram o grupo.
O MBL apareceu para o Brasil a partir das manifestações que ganharam as ruas em junho de 2013, passando a ser um grupo atuante e crítico ao governo da então presidente Dilma Rousseff. O movimento apareceu com destaque também durante os atos pelo impeachment da petista, em 2016, elegendo vários quadros do grupo para cargos políticos no mesmo ano.