EUA usaram aplicativo para rastrear telefones de militares e diplomatas na Rússia, diz mídia

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Celulares usados em instalações militares, prédios do governo e embaixadas estrangeiras na Rússia teriam sido rastreados por grupo de pesquisa patrocinado pelo Pentágono.

Um grupo de pesquisadores baseados em Starkville, no estado americano de Mississippi, desenvolveu um aplicativo chamado Locate X para rastrear os movimentos de pelo menos 48 celulares em 9 de agosto do ano passado, um dia depois de ocorrer uma forte explosão em uma instalação militar russa na cidade de Severodvinsk.

O experimento de rastreio foi conduzido pela Universidade Estatal do Mississipi e teria como objetivo demonstrar para os militares americanos como informação oriunda de celulares e disponível comercialmente poderia ser usada para operações de inteligência.

Utilizando dados de localização por GPS, usados em jogos e aplicativos de serviço meteorológico, os movimentos dos referidos celulares foram rastreados, publicou o Wall Street Journal.

De acordo com a mídia, alguns dos aparelhos rastreados viajaram até Moscou, São Petersburgo, Severodvinsk e Arkhangelsk, cidades na Rússia que abrigam centros de comando militar, enquanto outros dois foram detectados em Cuba e no Azerbaijão.

A escolha dos alvos poderia estar relacionada com o incidente grave ocorrido em 8 de agosto de 2019, quando um motor experimental nuclear explodiu em uma instalação militar, provocando cinco mortes.

O incidente levantou temores de uma catástrofe de grande proporção, o que foi refutado pelas autoridades russas.

Não só foram militares

Além dos telefones usados pelos militares russos, delegações diplomáticas estrangeiras e celulares em edifícios do governo russo também estiveram na mira do rastreio.

Segundo a mídia, os operadores do rastreio não eram "analistas profissionais de inteligência", mas as agências de espionagem podem ter deixado a sua marca no projeto.

Enquanto isso, a ferramenta Locate X, produzida pela empresa de segurança cibernética Babel Street, já vendeu seus produtos para diversas agências de espionagem e órgãos de defesa de diferentes países, incluindo os EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Alemanha e outros.

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