"Essa postura de distensionamento não vai ser provisória. Vai ser permanente. Eu não confio muito em pesquisas, mas essa subida na imagem do governo em levantamentos recentes é efeito do distensionamento", afirmou o parlamentar, segundo publicado pelo jornal O Globo.
Flávio disse que o presidente está "consciente" da situação e garantiu que os atritos com os outros poderes diminuiriam.
"O presidente está consciente de que isso é importante e quer manter um diálogo aberto com todos. Menos atritos com o STF, com o Legislativo... Rusgas são muito ruins. Ninguém quer uma ruptura", refletiu.
O senador avaliou ainda que o comportamento mais discreto de Bolsonaro acaba evidenciando a "agenda positiva" do governo.
"Quando não há polêmica para a mídia repercutir, acaba que as realizações do governo se sobressaem. A agenda positiva do Brasil fica em evidência", argumentou.
Bolsonaro paz e amor? Presidente prega 'entendimento' entre poderes https://t.co/hnpG5n3GRr pic.twitter.com/scoka3wSC5
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) June 25, 2020
Críticas de governistas
Desde a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o presidente vem adotando um discurso menos explosivo. Além disso, Bolsonaro está em isolamento desde que anunciou ter contraído a COVID-19.
Além disso, o governo vem se aproximando do chamado centrão, bloco de partidos e políticos do Congresso, com objetivo de facilitar reformas e evitar a aprovação de um possível pedido de impeachment de Bolsonaro.
No entanto, nem todos no governo ou seus aliados parecem aprovar a nova postura do presidente. O assessor especial da Presidência, Filipe G.Marins, e o blogueiro Allan dos Santos criticaram recentemente o comportamento mais comedido de Bolsonaro.