"A República Argentina e os representantes do Grupo Ad Hoc de Bonistas Argentinos, o Comitê de Credores da Argentina e o Grupo de Bonistas del Canje e outros retentores [...] chegaram a um acordo no dia da data que permitirá aos membros dos três grupos de credores apoiar a proposta de reestruturação da dívida da Argentina e conceder à República um alívio da dívida significativo", salientou o ministério.
De fato, a Argentina ajustará as datas de pagamentos contempladas pelas novas obrigações estabelecidas em seu convite de 6 de julho, "sem aumentar o montante total dos reembolsos de capital ou os pagamentos de juros" que o país se compromete a realizar.
O governo argentino busca descontar títulos de US$ 66,2 bilhões (R$ 352 bilhões) emitidos sob legislação estrangeira.
O país latino-americano propôs, em particular, adiantar as datas de pagamentos de novos títulos a 9 de janeiro e 9 de julho em vez de 4 de março e 4 de setembro.
Segundo o entendimento, os novos títulos a serem emitidos como compensação por juros vencidos e compensação pelo consentimento adicional vão começar a amortizar em janeiro de 2025 e vão vencer em julho de 2029.
Os novos títulos 2030 denominados em dólares e euros vão começar a amortizar em julho de 2024 e vai vencer em julho de 2030, quando a primeira cota terá um montante equivalente a metade de cada cota restante.
Por outro lado, os novos títulos 2038 em dólares e euros, a serem emitidos como contrapartida aos títulos de desconto existentes, começam a amortizar em julho de 2027 e vencem em janeiro de 2038.
O governo argentino também estendeu o prazo das negociações que venciam nesta terça-feira (4) e colocaram 24 de agosto como data limite para concretizar o entendimento com os acionistas.