A declaração coincide com o 75º aniversário do lançamento da bomba atômica em Hiroshima, no Japão. O ministro das Relações Exteriores do Irã mencionou o fato em postagem no Twitter.
"Setenta e cinco anos atrás, os Estados Unidos conquistaram a infâmia de se tornar o primeiro e único usuário de armas nucleares. E contra inocentes", afirmou Zarif.
O chanceler complementou afirmando que as armas nucleares dos EUA e de Israel são atualmente uma "ameaça para nossa região".
Zarif disse ainda que "já é hora de acabar com o pesadelo nuclear e a doutrina MAD de Destruição Mútua Assegurada", segundo a qual dois lados em conflito assumem ter armas capazes de destruir o inimigo.
A primeira bomba atômica empregada em uma guerra foi lançada contra Hiroshima em 6 de agosto de 1945, pelo avião B-29 chamado Enola Gay. O número de mortos foi de aproximadamente 140.000.
75 years ago today, the US gained the infamy of becoming the 1st and ONLY user of nuclear weapons. And against innocents.
— Javad Zarif (@JZarif) August 6, 2020
Today, US & Israeli nukes threaten our region.
It's long overdue to end nuclear nightmare & the #MAD doctrine of Mutually Assured Destruction.#Hiroshima75 pic.twitter.com/DxrzVM29by
75 anos atrás, os EUA conquistaram a infâmia de se tornar o primeiro e único usuário de armas nucleares. E contra inocentes. Hoje, armas nucleares dos EUA e de Israel ameaçam nossa região. Já é hora de acabar com o pesadelo nuclear e a doutrina MAD de Destruição Mútua Assegurada
Fim de acordo nuclear
Embora Israel não admita possuir armas nucleares, acredita-se que o país é o único do Oriente Médio a possuir esse tipo de tecnologia de guerra.
O Irã era acusado por países ocidentais de buscar a fabricação de armas nucleares. Por meio de acordo entre Teerã e o Grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha), assinado em julho de 2015, o Irã se comprometeu a limitar seu programa nuclear em troca do fim do embargo contra o país.
No entanto, em maio de 2018, o presidente estadunidense, Donald Trump, decidiu retirar Washington do acordo e impor novas sanções contra Teerã, o que elevou as tensões entre os dois países.