Anteriormente, foi relatado que, durante a noite, a polícia local bloqueou o trânsito em avenidas da região, onde uma nova manifestação da oposição era esperada. As patrulhas da polícia de choque bielorrussa dispersaram pessoas que circulavam na área.
O grupo de cerca de 100 apoiadores da oposição não conseguiu se aproximar do Obelisco por causa dos cordões policiais e parou perto do Hotel Yubileinaya, a cerca de 400 metros do monumento. Os ônibus da polícia de choque foram ao local acompanhados de caminhões para detenções. As forças de segurança locais então detiveram manifestantes.
Segundo o correspondente da Sputnik, várias dezenas ou centenas de apoiadores da oposição estão observando a situação a uma distância segura. No entanto, foi relatado uso de gás lacrimogênio pela polícia no local enquanto as detenções prosseguiam.
Crise na Bielorrúsia
Após a divulgação do resultado da eleição presidencial no país, protestos de massa começaram no centro de Minsk na noite do domingo (9), com pessoas tomando as ruas para expressar sua insatisfação com os resultados. Opositores do atual presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, afirmam que a eleição foi fraudada.
Os resultados divulgados pelo comitê eleitoral do país apontaram que Lukashenko recebeu 80,23% dos votos, enquanto sua principal adversária, a candidata da oposição Svetlana Tikhanovskaya, teve 9,9%.
Os protestos se transformaram em confrontos com a tropa de choque e, de acordo com o Ministério do Interior do país, cerca de três mil pessoas já foram detidas. Pelo menos 50 manifestantes e 39 policiais ficaram feridos durante os confrontos, ainda segundo o ministério.
Mais cedo nesta segunda-feira (10), o gabinete da candidata da oposição, Svetlana Tikhanovskaya, exigiu uma transição "pacífica" de poder de Alexandr Lukashenko em meio aos protestos que seguem em andamento no país.