Os aviões não duram toda a vida. Mas, devido a seu tamanho, o momento de se desfazer deles se torna complexo. Por este motivo, existem, geralmente em desertos, locais conhecidos como "cemitérios de aviões", onde as aeronaves aguardam, com certa manutenção, que suas peças possam ser reutilizadas.
Este processo habitual na indústria se multiplicou desde março de 2020, quando a pandemia da COVID-19 obrigou companhias de todo o mundo a suspenderem seus voos.
Com a atividade aeronáutica praticamente paralisada, as empresas começaram a estocar suas aeronaves nestes locais, algumas de forma temporária, outras de forma permanente.
Segundo o portal Airplane Boneyards, dedicado a estes cemitérios, as aeronaves podem ser conservadas por anos sem se deteriorar. Um dos segredos para isto é cobrir os motores e janelas dos aviões com um material refletivo de cor branca, de forma a proteger a fuselagem contra os danos do sol e vento.
Portanto, as principais companhias aéreas do mundo não duvidaram em enviar a maior parte de suas aeronaves para estes locais.
Onde ficam os cemitérios de aviões?
Uma vez que precisam de grandes espaços, em geral desérticos, para a atividade, a maioria dos cemitérios se concentram nos Estados Unidos.
O mais famoso é o Grupo de Manutenção e Regeneração Aeroespacial (AMARG, na sigla em inglês), localizado em Tucson, no estado norte-americano de Arizona, com mais de quatro mil aviões.
Na Europa, são conhecidos os depósitos de aviões de Teruel, na Espanha, um dos maiores locais de armazenagem de aeronaves no continente europeu.
Outra das referências em matéria de cemitérios de aviões é o Aeroporto de Cotswold, no Reino Unido, que tem uma capacidade de entre 20 e 50 aviões, dependendo de seu tamanho.
A pandemia também obrigou aeroportos ativos a receberem aviões. Neste caso os terminais aéreos de Frankfurt, Copenhague, Paris, Viena e Londres.