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Funcionários dos Correios decidem manter greve em todo o país por tempo indeterminado

© Folhapress / Fotoarena / Henry MilleoServidores dos Correios entraram em greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (11 de setembro de 2019). Os servidores reivindicam um reajuste que cubra a inflação do período, que é de 3,25 por cento e contra o corte de direitos.
Servidores dos Correios entraram em greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (11 de setembro de 2019). Os servidores reivindicam um reajuste que cubra a inflação do período, que é de 3,25 por cento e contra o corte de direitos.  - Sputnik Brasil
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Os funcionários dos Correios de todo o país anunciaram a decisão de manter a greve da categoria após suspensão do acordo coletivo. A paralisação começou no dia 17 de agosto.

De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a medida foi motivada pela decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de manter o acordo coletivo dos trabalhadores dos Correios suspenso.

"A orientação da Fentect e Sindicatos filiados é para os trabalhadores se manterem mobilizados, participando das atividades convocadas pelos sindicatos, e convocarem todos os seus companheiros a aderirem à greve", afirmou a entidade em nota.

De acordo com a organização, "a direção da ECT [Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos] propõe a retirada de 70 cláusulas nas quais previam direitos importantes da categoria". Na lista, estariam benefícios como: vale alimentação, vale cultura, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras.

A Fentect afirma que, com a suspensão do acordo coletivo, a redução na folha de pagamento de funcinários pode chegar a 40%.

"A decisão, na avaliação da Federação, abre precedente perigoso para demais categorias de servidores de empresas estatais. Um movimento orquestrado que se desenha nos últimos meses contra os servidores públicos e as empresas estatais para abrir caminho para o sucateamento e privatização do patrimônio nacional", acrescenta a nota da Fentect.

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