No início de setembro, a renomada revista científica The Lancet publicou os resultados das duas primeiras fases de testes clínicos da vacina Sputnik V.
Logo em seguida, alguns cientistas de diferentes países publicaram no site italiano Cattivi Scienziati, especializado em desmascarar pesquisas pseudocientíficas, uma carta aberta que punha em dúvida os dados da vacina russa.
A revista, por sua vez, sugeriu aos autores dos testes russos responder a seus colegas.
O Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya refutou as acusações de cientistas estrangeiros quanto à falta de autenticidade dos dados estatísticos da Sputnik V, tendo declarado que a The Lancet recebeu o protocolo clínico completo dos testes.
Os cientistas do Centro Gamaleya também enviaram ao The Lancet respostas às perguntas de seus colegas estrangeiros, segundo disse à Sputnik o assessor do ministro da Saúde russo, Aleksei Kuznetsov.
Vacina russa
No mês passado, o Ministério da Saúde russo registrou a primeira vacina do mundo contra a COVID-19.
Desenvolvida pelo Centro Gamaleya e financiada pelo Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo), a vacina já despertou o interesse de vários países.
Ontem, o México firmou contrato com a Rússia para o fornecimento de 32 milhões de doses do medicamento, o que permitirá vacinar cerca de 25% da população do país.