As imagens compostas foram obtidas a partir dos dados de monitoramento da nave espacial Cassini da NASA, coletadas ao longo de 13 anos de exploração de Saturno e de suas luas.
O mapeamento infravermelho da lua gelada de Saturno foi feito através do Espectrômetro de Mapeamento Visível e Infravermelho (VIMS, na sigla em inglês) da sonda Cassini. Este instrumento registrou a luz que é refletida por Saturno, seus sistemas de anéis e suas dez luas principais.
Depois, o aparelho VIMS separou e classificou a luz coletada com base no seu comprimento de onda, que também dá aos cientistas uma ideia sobre os materiais detectados com base nas discrepâncias dos comprimentos de onda da luz refletida.
Um novo modelo da NASA mostra imagens de infravermelhos que corroboram a atividade geológica de Encélado anteriormente inferida, especialmente visível no Polo Sul da lua.
As imagens mostram os vales profundos de Encélado, apelidados de "listras de tigre", marcadas por linhas vermelhas de diferentes comprimentos, que representam o gelo e o vapor vindos do oceano abaixo da superfície.
As mesmas características infravermelhas também foram observadas no Hemisfério Norte, o que significa que a zona Norte de Encélado está coberta de gelo fresco. Além disso, os dados sugerem que o mesmo tipo de atividade geológica que criou gelo e vapor no Hemisfério Sul também ocorre no Hemisfério Norte.
A nova cobertura do Norte pode ocorrer devido a jatos gelados ou a um movimento mais gradual do gelo do oceano subterrâneo, através das fraturas na crosta, até a superfície.
"O infravermelho nos mostra que a superfície do Polo Sul é jovem, o que não é uma surpresa, porque sabíamos dos jatos que lá expelem o material gelado", disse o cientista da VIMS Gabriel Tobie, da Universidade de Nantes, França.
