O suspeito Ali H., nascido em 2002 em Islamabad, no Paquistão, confessou ser o autor das agressões durante uma audiência na seção antiterrorismo (SAT) da brigada criminal de Paris.
O jovem declarou no interrogatório "não ter suportado" a republicação de imagens do profeta Maomé na capa de Charlie Hebdo no dia 2 de setembro. As informações foram publicadas pela RFI.
Os dois jornalistas feridos na sexta-feira (25) trabalham no mesmo prédio onde ocorreu o massacre contra a redação do jornal em janeiro de 2015.
Eles fumavam na calçada quando foram golpeados na cabeça, no rosto e no tórax. Após serem operados, não correm mais risco de morte.
O jornal Charlie Hebdo republicou no dia 2 de setembro as imagens satíricas contra o profeta Maomé para marcar o início do julgamento de 14 réus acusados de cumplicidade nos atentados de janeiro de 2015.
O massacre também foi motivado pela publicação das charges e deixou 12 pessoas mortas, incluindo oito cartunistas de Charlie Hebdo.
Na noite de sexta-feira (25), o ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, havia antecipado que o ataque tinha todos os indícios de um atentado terrorista perpetrado por radicais islâmicos.
Neste sábado (26), a prisão temporária do suspeito foi prolongada por 24 horas. Outros seis homens são interrogados suspeitos de terem conexão com o ataque.