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Polícia lança nova operação contra corrupção na Petrobras

© Folhapress / Alexandre DurãoSede da Petrobras no Rio de Janeiro
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A PF lançou nesta quarta-feira (7) mais fase da Operação Lava Jato. Batizada de "Sem Limites III", a investigação incide sobre crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro na área comercial da Petrobras.

Conforme divulgado pela Polícia Federal (PF) em comunicado, as práticas criminosas foram cometidas "na Divisão de Abastecimento da Petrobras, especificamente na Gerência Executiva de Marketing e Comercialização".

Segundo a PF, as investigações começaram em dezembro de 2018, quando vários membros de uma organização que comercializava combustíveis e derivados entre a petroleira brasileira e empresas estrangeiras foram presos.

​Após essa ação policial, executivos vinculados a empresas estrangeiras decidiram colaborar com a Justiça. Com isso, passaram a relatar que trabalhadores da Petrobras receberam propina para auxiliá-los nas negociações sobre a entrega de combustíveis navais e o abastecimento de navios que atendem a Petrobras em portos estrangeiros.

Os investigadores acreditam que trabalhadores e ex-funcionários da Petrobras podem estar envolvidos neste esquema, que envolveria cerca de 45 milhões de reais em subornos entre 2009 e 2018.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), há várias provas de que os investigados promoviam um verdadeiro rodízio no fechamento de operações com as empresas do setor e que estas também pagavam vantagens indevidas.

Em nota, a Petrobras disse que colabora com as investigações da Lava Jato desde 2014, e atua como coautora do Ministério Público Federal e da União em 21 ações de improbidade administrativa em andamento e ser assistente de acusação em 71 ações penais relacionadas a atos investigados pela Lava Jato.

O esquema

De acordo com o depoimento dos delatores, funcionários da Petrobras que eram responsáveis pelas negociações de compra e venda de bunker e diesel marítimo recebiam vantagens indevidas para favorecer empresas de combustíveis.

A compra era destinada ao abastecimento dos navios a serviço da Petrobras em portos estrangeiros.

As comissões eram geradas a partir da celebração das operações comerciais, e os executivos realizavam os pagamentos dos funcionários públicos com auxílio de um operador financeiro. Para isso, eles celebravam contratos fictícios para geração de recursos em espécie.

Um dos ex-funcionários da estatal, conforme as investigações, foi o responsável pelas negociações de combustíveis marítimos que abasteciam no porto de Singapura.

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