Cientistas revelam que doença dobra risco de morrer de COVID-19

© Carla Ornelas/GOVBAVigilância Epidemiológica da Bahia e de outros estados investigam doença que causa fortes dores musculares e afeta o sistema renal
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Pesquisadores do Imperial College de Londres, Reino Unido, pediram aos médicos intensivistas que fiquem em alerta máximo para problemas renais, devido aos dados apresentados em novo estudo.

Um novo estudo mostra que pessoas com problemas renais têm mais chances de morrer devido à COVID-19. Entre 10 de março e 23 de julho, cerca de 48% dos pacientes com COVID-19 admitidos em unidades de terapia intensiva (UTIs) em Londres e Birmingham, ambos no Reino Unido, com nova lesão renal aguda, provavelmente desencadeada pelo vírus, sucumbiram à doença. E 50% das pessoas que tiveram COVID-19 e tinham problemas renais pré-existentes, como doença renal crônica, morreram. O estudo foi publicado na sexta-feira (16) na revista científica Anaesthesia.

A idade média dos pacientes no estudo era de 60 anos, e 76% com problemas renais eram de comunidades negras, asiáticas e de minorias étnicas.

Sanooj Soni, especialista em lesões de órgãos e coautor do estudo, afirmou ao jornal Telegraph que muitas pessoas com problemas renais pré-existentes não sabem que os órgãos estão danificados, enquanto os sinais de lesão renal aguda podem ser difíceis de detectar em meio à torrente de outros sintomas da COVID-19.

© Sputnik / Vladimir AstapkovichMédico visita pacientes na UTI do Hospital Clínico Municipal № 15 O. Filatov em Moscou, Rússia
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"Se você acabar tendo problemas renais além dos graves sintomas da COVID-19, a chance de você morrer dobra imediatamente, isso é muita coisa", comentou Soni.

"Essa descoberta pode sugerir que esses pacientes se beneficiam igualmente da admissão na UTI e, portanto, o limite para admissão deve ser calibrado de acordo com o pico de COVID-19 no futuro", escreveram os cientistas.

Dr. Soni teme que os pacientes de COVID-19 com problemas renais graves possam ter sido rejeitados da UTI durante a primeira onda porque eram considerados improváveis ​​de sobreviver.

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