Os dados coletados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que os focos de calor na região amazônica continuam crescendo, não apenas em relação a 2019, mas também a 2018 - neste caso, um aumento de 30%.
Segundo informações do INPE nesta quinta-feira (22), foram 89.604 focos contra 89.176 do ano passado, disse o site G1.
Dos nove estados da região, o Pará lidera com 30.854 focos, seguido de Mato Grosso (19.077), Amazonas (16.079), Rondônia (10.378), Acre (8.887), Roraima (1.812), Maranhão (1.534), Tocantins (499) e Amapá (484).
É nesta situação que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) determinou nesta quinta-feira (22) que todos os brigadistas que atuam no combate aos incêndios interrompam suas atividades. A alegação é de falta de recursos.
A direção do órgão iniciou junto ao governo a busca por mais recursos ao informar que acumulava R$ 19 milhões em pagamentos atrasados, alguns há três meses.
O Ministério do Desenvolvimento Regional saiu em ajuda oferecendo um repasse de R$ 30 milhões de recursos de emergência da Defesa Civil para que o Ministério do Meio Ambiente, que coordena o Ibama, saldasse suas dívidas.
"Tendo em vista o contido no ofício circular 78, providenciar a determinação para que todas as brigadas do Prevfogo [unidade do Ibama de combate a incêndios] retornem às suas bases de origem à 0h de 22 de outubro de 2020, onde deverão aguardar ordens para o emprego em operações em campo", afirmou o ofício assinado pelo diretor Olímpio Ferreira Magalhães.
Também nesta quinta-feira (22), pela manhã, o presidente Jair Bolsonaro declarou no Palácio do Itamaraty, durante cerimônia de formatura dos novos diplomatas do órgão, que convidará diplomatas estrangeiros a viajar com ele entre Manaus e Boa Vista - uma hora e meia de voo - para verem que não há "nada queimando ou um hectare de selva devastada."