A declaração foi durante a realização do 5º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio. De acordo com a ministra, o envolvimento de grandes cooperativas pode impulsionar iniciativas bem sucedidas de produtores do Nordeste.
O vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Hélio Sirimarco, em entrevista à Sputnik Brasil, afirmou que as declarações de Tereza Cristina mostram que há uma preocupação do Ministério da Agricultura com o desenvolvimento da região do Nordeste.
"O programa AgroNordeste, que foi lançado em outubro do ano passado, tem por objetivo oferecer condições aos pequenos produtores, voltado basicamente para a agricultura familiar, para que tenham condições de desenvolver mais a sua capacidade produtiva, ampliar o escopo de produtos, diversificar e buscar realmente um aumento da produção para a região", afirmou.
De acordo com ele, o cultivo da terra realizado por pequenos proprietários rurais é fundamental para a inserção do Nordeste, considerando que "mais de 80% da mão de obra do setor da região é da agricultura familiar".
Ao comentar o envolvimento de grandes cooperativas para ajudar a impulsionar o agronegócio na região, o vice-presidente da SNA comentou que a ideia é que essas organizações "possam efetivamente orientar, instruir, capacitar os pequenos produtores".
"As grandes cooperativas detêm uma condição de capacitar essa mão de obra e efetivamente aumentar a produção na região. E, com isso, inserir a região no 'boom' do agronegócio brasileiro", disse o especialista.
De acordo com ele, o programa AgroNordeste prevê também a solução do problema da desigualdade nos campos brasileiros, citado pela ministra da Agricultura. De acordo com ela, o setor ainda sofre com o problema da inclusão de mulheres e pequenos produtores.
"Nós temos que realmente buscar corrigir esses problemas e esse programa AgroNordeste tem como um dos seus objetivos exatamente minimizar esse problema e solucionar essas disparidades", completou Hélio Sirimarco.