Vacina ultrapotente para COVID-19 permite superar em 10 vezes resposta imunológica dos recuperados

CC BY 2.0 / NIAID / Micrografia eletrônica digitalmente colorida de uma célula apoptótica (castanha esverdeada) fortemente infectada com partículas do vírus SARS-CoV-2 (rosa)
Micrografia eletrônica digitalmente colorida de uma célula apoptótica (castanha esverdeada) fortemente infectada com partículas do vírus SARS-CoV-2 (rosa) - Sputnik Brasil
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Dados pré-clínicos mostram que a vacina de nanopartículas desenvolvida em universidade norte-americana estimula níveis extremamente altos de anticorpos protetores em modelos animais.

Cientistas da Universidade de Washington, EUA, relataram o progresso em uma candidata a imunizante contra a COVID-19 após testá-la em animais. A equipe afirma que a vacina de nanopartículas inovadora produz anticorpos neutralizantes em camundongos em níveis dez vezes maiores do que os observados em pessoas que se recuperaram de infecções por COVID-19. Os resultados foram publicados na revista científica Cell na semana passada.

"Esperamos que nossa plataforma de nanopartículas possa ajudar a combater esta pandemia que está causando tantos danos ao nosso mundo […] A potência, estabilidade e capacidade de fabricação desta vacina candidata a diferenciam de muitas outras sob investigação", afirma em comunicado Neil King, coautor do estudo.

Centenas de vacinas candidatas para combater a COVID-19 estão em desenvolvimento em todo o mundo. Muitas vão requer grandes doses, manufatura complexa, transporte e armazenamento em baixíssimas temperaturas. Uma vacina ultrapotente, que seja segura, eficaz em baixas doses, simples de produzir e estável fora de um freezer pode permitir a vacinação contra COVID-19 em escala global.

"Estou muito feliz que nossos estudos de respostas de anticorpos ao novo coronavírus levaram ao projeto desta vacina candidata promissora", comenta David Veesler, também coautor na investigação.

Testes em animais

A vacina utiliza nanopartículas, que imitam a estrutura do SARS-CoV-2, o que facilita para que elas se moldem aos receptores do vírus, evitando assim a infecção.

Para testar os efeitos, a equipe usou a vacina em camundongos e foram produzidos dez vezes mais anticorpos do que na recuperação padrão, mesmo quando a dosagem era cinco vezes menor do que o normal.

Além de camundongos, os cientistas também administraram a vacina em um macaco-de-cauda-de-porco-do-sul, que também viu a produção de anticorpos subir bastante.

Mas a equipe reconhece que testes em humanos são necessários para confirmar a eficácia de sua vacina candidata. Os ensaios clínicos devem começar no final do ano nos EUA.
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