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Após Câmara, veto de Bolsonaro à desoneração de folha de pagamento é derrubado no Senado

© Folhapress / Brazil Photo PressCarlos Zarattini, deputado federal PT/SP e candidato a vice-prefeito de São Paulo na chapa de Jilmar Tatto (PT), participa de ato de centrais sindicais e empresários por desoneração da folha de pagamento em frente ao escritório da Presidência da República, na Avenida Paulista, em São Paulo
Carlos Zarattini, deputado federal PT/SP e candidato a vice-prefeito de São Paulo na chapa de Jilmar Tatto (PT), participa de ato de centrais sindicais e empresários por desoneração da folha de pagamento em frente ao escritório da Presidência da República, na Avenida Paulista, em São Paulo - Sputnik Brasil
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Por 64 votos a dois, o Senado derrubou nesta quarta-feira (4) veto do presidente Jair Bolsonaro à prorrogação da folha de pagamento de empresas de 17 setores. 

Mais cedo, por 430 votos a 33, a Câmara havia derrubado o veto. Com isso, a desoneração da folha, medida tomada para aliviar empresas e tentar manter empregos, será estendida até o final de 2021. 

Bolsonaro tinha vetado a continuidade da medida, vista como importante diante da crise do coronavírus, em julho. A avaliação é de que os setores beneficiados geram mais de 6.000.000 de empregos. 

O dispositivo prevendo a desoneração tinha sido incluído pelo Congresso em uma medida provisória que criou programa de emergencial de manutenção de emprego. 

Entre as áreas beneficiadas estão empresas de call center, comunicação, tecnologia da informação, transporte, construção civil, têxtil, entre outras.

Centrais sindicais realizam atos

Na terça-feira (3), houve atos pedindo a derrubada do veto em alguns locais do país.

O modelo adotado permite que empresas optem por contribuir para a Previdência com um percentual que varia de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, ao invés de recolher 20% sobre a folha de pagamento.

Segundo o Ministério da Economia, o impacto da decisão é de R$ 4,9 bilhões em 2021 e de R$ 4,9 bilhões em 2022, somando R$ 9,8 bilhões nos próximos dois anos.

O chefe da pasta, Paulo Guedes, diz que a desoneração é importante para gerar empregos no Brasil, mas ele condiciona a medida à criação de um imposto sobre transações financeiras. 

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