"As operações das forças de defesa federais em andamento no norte da Etiópia têm objetivos claros, limitados e alcançáveis — restaurar o Estado de Direito e a ordem constitucional e salvaguardar os direitos dos etíopes de levar uma vida pacífica onde quer que estejam no país", disse Abiy Ahmed por meio de nota.
De acordo com o premiê, sua administração buscou diferentes maneiras de resolver as disputas crescentes na região, sem sucesso, antes de decidir lançar a ofensiva militar.
The Federal Gov patiently tried for several months to resolve differences with TPLF leadership peacefully; we tried mediation, reconciliation, dialogue. All failed b/c of TPLF criminal hubris & intransigence. In the last straw TPLF attacked the Northern Command based in Tigray2/2
— Abiy Ahmed Ali 🇪🇹 (@AbiyAhmedAli) November 6, 2020
O governo federal tentou pacientemente, por vários meses, resolver as diferenças com a liderança da FLPT [Frente Popular para a Libertação de Tigré] pacificamente; tentamos mediação, reconciliação, diálogo. Tudo falhou por conta da arrogância e intransigência criminosa da FLPT. Na última gota, a FLPT atacou o Comando do Norte, baseado em Tigré.
No último dia 4, o governo etíope acusou a FLPT, o partido no poder na região, de atacar uma base militar local. Os confrontos que se seguiram levaram a várias baixas dos dois lados. O primeiro-ministro Abiy Ahmed decidiu então mobilizar o exército para enfrentar as autoridades da região.
A Frente de Libertação do Povo Tigré, que se opõe ao governo em exercício, solicitou em setembro que o gabinete etíope realizasse eleições locais, que foram adiadas devido à pandemia. Depois que o pedido foi rejeitado, o partido organizou eleições por conta própria, mas estas nunca foram reconhecidas como legítimas pelo governo central.
Após o atual confronto no norte do país, o gabinete de Ahmed colocou a região em estado de emergência por um período de seis meses devido às "atividades ilegais e violentas que põem em perigo a constituição e a ordem constitucional".