Em menos de dois meses, os Estados Unidos podem praticamente dobrar o número de infectados pela COVID-19, segundo um modelo de previsão da Universidade Washington, em Saint Louis, informou a rede de TV a cabo CNN. Isso significa que o país talvez tenha, no dia 20 de janeiro, 20 milhões de casos. Atualmente são 12,4 milhões.
Desde o início do mês, houve 3,1 milhões de infecções e esse é um número recorde para registros mensais. As hospitalizações estão em alta com mais de 85.800 pacientes, outro recorde estabelecido para o 14º dia consecutivo, de acordo com a organização voluntária Projeto de Monitoramento da COVID-19.
E como os números continuam a aumentar, centenas de norte-americanos vão continuar perdendo suas vidas. Mais de dez mil pessoas faleceram apenas na última semana, muitas delas sozinhas e sem a chance de dizer adeus a seus parentes.
Mais de 257.600 pessoas morreram nos Estados Unidos desde o início da pandemia, muito mais do que em qualquer outro país. No Brasil, por exemplo, segundo mais atingido em vítimas fatais no planeta, são 169 mil mortos.
E outras 140 mil pessoas poderão falecer nos próximos dois meses, segundo projeções do Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde (IHME) da Universidade Washington.
Mas com milhões de pessoas ignorando as advertências dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) para evitar viagens de férias, muitos temem que as celebrações do Dia de Ação de Graças, nesta quinta-feira (26), só ajudem a alimentar uma já galopante propagação.
Durante uma entrevista para o jornal The Washington Post na segunda-feira (23), o Dr. Anthony Fauci exortou os norte-americanos a não viajarem no feriado e advertiu sobre o que poderia vir em seguida.
"Estamos em uma escalada muito acentuada de casos agora mesmo na metade da temporada de outono", disse ele se referindo à atual estação no Hemisfério Norte. "Se, de fato, você está em uma situação em que faz as coisas que estão aumentando o risco - as viagens, os encontros, a falta de uso de máscaras -, as chances são de ver um surto atrás do outro", disse Fauci.
Esta semana ele comentou que "a coisa mais segura que você pode fazer é confinar as atividades em sua própria casa com os ocupantes que estão lá".