"Estimamos que a quantidade de vacinados, incluídas pessoas da terceira idade, chegará a dezenas de milhões", respondeu nesta sexta-feira (27) o ministro à pergunta sobre o número de cidadãos russos que o país planeja imunizar contra a COVID-19 em 2021.
Murashko comentou que a vacinação já começou e que o volume de produção do imunizante está aumentando.
"A vacinação maciça começará em janeiro ou fevereiro, enquanto as pessoas dos grupos de risco serão vacinadas em dezembro", disse o ministro.
Urgente: Dados da segunda análise intercalar de testes clínicos mostraram eficácia de 91,4% da vacina #SputnikV 28 dias após a primeira dose; a eficácia da vacina é superior a 95% 42 dias depois.
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) November 24, 2020
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Murashko lembrou que os grupos de risco incluem médicos, professores, trabalhadores de serviços essenciais, pacientes com diabetes, obesidade e hipertensão, e idosos. Além disso, o ministro reiterou que a vacinação será voluntária como qualquer caso de atendimento médico.
Murashko também confirmou que foram detectados casos de reinfecção pelo coronavírus na Rússia e que as informações correspondentes foram divulgadas.
O ministro manifestou sua esperança de que a Rússia consiga acabar com a epidemia em 2021 e garantiu que o país fará o possível para isso.
Vacinas contra COVID-19 desenvolvidas na Rússia
A Rússia registrou oficialmente em 11 de agosto sua primeira vacina, a Sputnik V, desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya em cooperação com o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo).
Os dados da fase III de seus testes clínicos mostram uma eficácia de mais de 95% contra a COVID-19.
O fármaco, que se baseia no adenovírus humano tipo 26 e no adenovírus humano recombinante de tipo 5, atualmente está sendo testado com mais de 40 mil voluntários em Rússia, Bielorrússia, Brasil, Emirados Árabes Unidos, Índia e Venezuela.
No dia 13 de outubro, uma segunda vacina anti-COVID-19 foi registrada na Rússia, a EpiVacCorona, desenvolvida pelo Centro Estatal de Pesquisa de Virologia e Biotecnologia Vektor. Além disso, estão em curso os testes clínicos de outra vacina contra o vírus, elaborada pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento de Medicamentos Imunobiológicos M.P. Chumakov da Academia de Ciências da Rússia.