Presidente da Argentina, Alberto Fernández anunciou na noite de ontem (27) que, com exceção de duas cidades, a Argentina vai sair oficialmente do isolamento social. As informações foram confirmadas pela Rádio França Internacional (RFI).
Ao falar sobre a abertura de alguns segmentos da economia, Fernández pediu que a população mantenha os esforços de proteção e não relaxe nos cuidados.
"Verificamos que, nas duas últimas semanas, a quantidade de casos caiu aproximadamente 30% no país. Vamos manter em isolamento social apenas em duas cidades: Bariloche e Puerto Deseado [as duas na Patagônia]. Esta nova etapa vai até 20 de dezembro", falou o presidente.
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— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) November 26, 2020
A cerimônia, na qual cerca de um milhão de pessoas foram às ruas e não mantiveram distanciamento social, levou a oposição a denunciar penalmente o presidente Alberto Fernández por favorecer a propagação do coronavírus.
"As imagens que vimos do velório são o que devemos evitar. Claro que são um risco epidemiológico cujo impacto veremos dentro de sete ou dez dias", criticou o ministro da Saúde de Buenos Aires, Fernán Quirós.
Fim da quarentena
Anunciado por Alberto Fernández, o fim da quarentena se aplica a dez das 24 províncias argentinas, a maioria no interior. Para se ter uma ideia, na região metropolitana de Buenos Aires, as medidas de restrição social cessaram em 9 de novembro.
Ao comentar a reabertura de alguns setores da economia argentina, Fernández ressaltou que "temos a vantagem de ver o que acontece com a pandemia no hemisfério Norte. Uma segunda onda com uma quantidade de contágios realmente alarmante. É muito possível que a Argentina deva enfrentar uma segunda onda".
"Quando março chegar, queremos que todos os grupos de risco estejam imunizados. O total de pessoas que deveríamos vacinar entre janeiro e março é de 13 milhões de pessoas, cerca de 25% dos argentinos. Esse é o esforço que devemos encarar agora", concluiu Alberto Fernández.
A Argentina é o nono país com mais casos de COVID-19 no mundo. São 1,407 milhão de contagiados e 38.216 mortos.