Conforme publicou nesta segunda-feira (7) o jornal Folha de São Paulo, Moraes apontou ainda em novembro que "o risco de paralisação para dezembro é muito alto devido à falta de insumos".
O executivo da Anfavea ressalta principalmente a falta de aço como problema para a produção e afirma que paralisações pontuais já estão ocorrendo na indústria automobilística brasileira, sendo que há risco de que faltem automóveis no mercado. O estoque de veículos segue muito baixo, o mais baixo desde 2004, segundo o jornal – 119,4 mil veículos nos pátios.
A possível paralisação na produção já era apontada em novembro pela associação. Em comunicado publicado naquele mês, o presidente da organização citou "o risco de paralisação por falta de autopeças e a pressão de custos ligados ao câmbio e insumos".
Segundo os dados divulgados pela Anfavea nesta segunda-feira (7), a queda acumulada na produção em 2020 chega a 35%. Já em relação às vendas, o ano acumula queda de 28,2%.
Apesar disso, em novembro houve alta de 4,7% na produção de carros de passeio, veículos comerciais leves, ônibus e caminhões. A mesma taxa de crescimento foi observada nas vendas de veículos.
Entre as dificuldades da indústria apontadas pela publicação estão a alta nos preços, justificada pelo presidente da Anfavea, entre outros fatores, pela variação cambial e reajustes de insumos. No caso do aço, o aumento nos preços acumula alta de 40% no ano. Os problemas já se refletem em demissões na indústria.
Para 2021, a previsão da indústria é de que o ano seja mais equilibrado, apesar de que as variações nos números da pandemia da COVID-19 têm dificultado as projeções do setor.