Em sua entrevista ao jornal Times of Israel, Jeffrey disse que embora a administração Trump tenha fracassado em alguns objetivos, como garantir a retirada total das forças iranianas da Síria, a destruição completa do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em muitos outros países), e até mesmo em trazer uma resolução definitiva para o conflito sírio, o que conseguiram foi chegar a um "impasse militar" negando a Damasco o controle sobre parte das suas terras.
"O que fizemos foi parar o avanço militar de Assad. Existe uma declaração militar básica", afirmou Jeffrey, acrescentando que no norte da Síria as forças da Turquia, da mesma maneira, "negaram terreno" a Damasco, enquanto a Força Aérea de Israel "domina os céus" e continua a realizar constantes incursões ilegais no país.
O ex-enviado especial dos EUA declarou que a coalizão liderada pelos EUA e seus aliados europeus "esmagou Assad economicamente", deixando a Rússia e o Irã, aliados do governo sírio, em "um estado totalmente falido e com uma situação complicada".
Em 2016, Jeffrey juntou-se a outros 50 oficiais republicanos de segurança nacional ao assinar uma petição alegando que Trump era perigoso e que não deveria ser autorizado a se tornar presidente antes de finalmente concordar em servir em sua administração no ano de 2018.
"Diversas vezes parecia que estávamos retirando as nossas forças. Isso seria um erro terrível. Mas em [todos] os três casos […] o presidente Trump mudou de opinião e decidiu manter as forças no local", lembrou Jeffrey.
Em resposta a entrevista de Jim Jeffrey, o jornalista da agência de notícias SANA, Ruaa al-Jazaeri, sugeriu que o ex-enviado tinha revelado que "o verdadeiro objetivo da administração Trump" era "manter as suas forças de ocupação em algumas das zonas sírias", desacreditando os "slogans falsos que afirmam que essas forças estão lutando contra organização terrorista Daesh".