Cientistas russos criam método que permite economizar material indispensável para eletrônica

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Os cientistas da Universidade Nacional de Pesquisa Nuclear MEPhI sugerem um jeito de tornar a eletrônica contemporânea mais sustentável. A nova tecnologia permitirá poupar o índio, metal bastante caro e raro. A pesquisa foi publicada na revista Materials Letters.

O método proposto pelos cientistas tem a ver com eletrodos transparentes, materiais que a tecnologia valoriza muito pela alta condutividade elétrica e transparência. Os óxidos metálicos apresentam estas propriedades com maior frequência.

Um dos materiais deste grupo é o óxido de índio-estanho (ITO), os pesquisadores da MEPhI afirmam que é um dos materiais indispensáveis na indústria eletrônica atual. Está presente em computadores, smartphones e televisores, também é usado na produção de painéis solares.

Os cientistas comentam que para seu uso em dispositivos eletrônicos, o ITO deve ser exposto a um complicado processo térmico a 400 ºC em um ambiente de oxigênio ou nitrogênio. Tal processamento deteriora as propriedades estruturais, óticas e elétricas do material. O novo método de processamento do ITO inventado na MEPhI permite evitar tudo isso.

"O processamento segundo o método tradicional reduz em mais de duas vezes a mobilidade dos elétrons e a resistência elétrica do material duplica. É uma piora significativa que reduz as capacidades funcionais deste material valoroso e, por consequência, do dispositivo final. Nós provamos que um tratamento térmico a 400 ºC em um ambiente de óxido de carbono quase não degrada as propriedades do ITO", conta o docente do Departamento de Problemas Físicos de Materiais da MEPhI, Smagul Karazhanov.

Os cientistas dizem que a demanda de lítio está crescendo, porém, suas reservas são muito limitadas e os custos são muito altos. Os resultados obtidos pela MEPhI ajudarão a elaborar uma estratégia de uso industrial do ITO mais sustentável e eficiente.

A pesquisa foi realizada pela MEPhI em conjunto com especialistas da Universidade Madurai Kamaraj (Índia) e da Universidade de Oslo (Noruega). Os cientistas planejam pesquisar em pormenor o mecanismo físico-químico de tratamento térmico do ITO em óxido de carbono e criar elementos eletrônicos com base no novo método.

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