Para o salvador Mana Srivate, realizar ressuscitação foi parte de seu trabalho durante 26 anos. Mas, alguns dias atrás, ele conseguiu sua primeira reanimação bem-sucedida de um elefante bebê.
O jovem elefante foi atropelado por uma moto enquanto tentava atravessar a estrada. Um vídeo dramático mostra o homem realizando compressões com duas mãos no elefante e com este deitado de lado sem respirar.
"É meu instinto salvar vidas, mas eu estava preocupado todo o tempo porque eu ouvia a mãe e outros elefantes chamando o bebê", contou Mana à Reuters.
Como isso é possível?
Tal como na medicina de emergência humana, a reanimação cardiopulmonar (RCP) é uma prática comum também no mundo veterinário.
Para realizar o procedimento no elefante, primeiramente Mana devia localizar o coração do animal. Depois, ele fez as compressões no peito do animal de maneira parecida à que se usa para um ser humano, exceto que o elefante estava deitado de lado.
Para cumprir RCP em uma pessoa, você coloca a parte posterior de sua mão sobre o esterno no centro do peito da pessoa, põe outra mão em cima e entrelaça os dedos. Depois, com seus ombros acima das mãos, você pressiona diretamente para baixo 5-6 centímetros usando o peso de seu corpo. Após aliviar a compressão, repete esse movimento a uma frequência de 100-120 vezes por minuto até uma ambulância chegar ou você ficar exausto, segundo o Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido.
Um elefante recém-nascido pesa cerca de 90 quilos e o coração do animal é cerca de 0,5% do peso do corpo, segundo SeaWorld. O professor de ciências clínicas e diagnósticas veterinárias Soren Boysen, da Universidade de Calgary (Canadá), aconselha a colocar mamíferos entre 10 e 100 quilos em "decúbito lateral direito" e recomenda fazer compressões em animais de tal tamanho semelhantes às usadas para o ser humano, citado pela Live Science. Foi isso que fez Mana.
"Quando o elefante bebê [começou a] se mexer, eu quase gritei", contou o homem. Logo depois, o animal reuniu-se com sua mãe, não tendo sofrido ferimentos graves, segundo relatos.