Mais do que o esperado: cientistas descobrem quanto tempo dura imunidade de quem já teve COVID-19

© AFP 2023 / Robyn Beck Agente de saúde coleta teste autoadministrado de COVID-19, em Los Angeles, Califórnia, EUA, 30 de novembro de 2020
Agente de saúde coleta teste autoadministrado de COVID-19, em Los Angeles, Califórnia, EUA, 30 de novembro de 2020     - Sputnik Brasil
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Nova pesquisa é a evidência mais forte de que as vacinas contra o vírus SARS-CoV-2 podem funcionar por longos períodos.

Pesquisadores australianos revelaram que as pessoas que foram diagnosticadas com a COVID-19 têm memória imunológica para se proteger contra a reinfecção por pelo menos oito meses. Os resultados foram publicados nesta quarta-feira (23) na revista científica Science Immunology.

Anteriormente, muitos estudos mostraram que a primeira onda de anticorpos contra o novo coronavírus diminuía após os primeiros meses, levantando preocupações de que as pessoas podem perder a imunidade rapidamente. Este novo trabalho acalma essas preocupações.

"Esses resultados são importantes porque mostram, definitivamente, que os pacientes infectados com COVID-19 de fato mantêm imunidade contra o vírus e a doença", afirma em comunicado Menno C. van Zelm, coautor do estudo.

Memória por longa duração

A pesquisa descobriu que células específicas do sistema imunológico, chamadas células B de memória, "lembram" da infecção pelo vírus e, se desafiadas novamente, por meio da reexposição ao vírus, desencadeiam uma resposta imunológica protetora por meio da rápida produção de anticorpos protetores.

© REUTERS / Lim Huey TengAgente de saúde coleta teste de COVID-19 de jovem na cidade de Shah Alam, Malásia, 10 de dezembro de 2020
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Agente de saúde coleta teste de COVID-19 de jovem na cidade de Shah Alam, Malásia, 10 de dezembro de 2020

Como em outros estudos, observando apenas a resposta dos anticorpos, os cientistas descobriram que os anticorpos contra o SARS-CoV-2 começaram a cair 20 dias após a infecção. No entanto, todos os pacientes continuaram a ter células B de memória que reconheceram componentes do novo coronavírus, as proteínas de pico e as proteínas de nucleocapsídeo. Essas células B de memória específicas para vírus estavam presentes de forma estável até oito meses após a infecção.

De acordo com Zelm, os resultados dão esperança à eficácia de qualquer vacina contra a COVID-19 e explicam por que houve tão poucos exemplos de reinfecção genuína entre as milhões de pessoas que testaram positivo para o SARS-CoV-2 em todo o mundo.

"Esta tem sido uma nuvem negra pairando sobre a potencial proteção que poderia ser fornecida por qualquer vacina [contra a] COVID-19 e dá esperança real de que, uma vez que vacinas sejam desenvolvidas, elas fornecerão proteção de longo prazo", comemora o pesquisador.

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