A meta foi confirmada pelo secretário-geral da organização, Mohamad Sanusi Barkindo, neste domingo (3). Ele falou em uma reunião de especialistas da OPEP, grupo conhecido como OPEP+.
"Em meio aos sinais de esperança, as perspectivas para o primeiro semestre de 2021 são muito confusas e ainda há muitos riscos negativos a serem enfrentados", disse Mohammad Barkindo.
Ainda de acordo com informações da Reuters, o grupo OPEP+ se reunirá na segunda-feira (4) para decidir as políticas de produção para o mês de fevereiro.
Em dezembro, a OPEP+ decidiu acrescentar 500 mil barris por dia a partir de janeiro como parte de um aumento de produção na ordem de 2 milhões de barris diários.
"As restrições à atividade social e econômica continuam em vigor em vários países, e existe a preocupação com o surgimento de uma nova cepa perniciosa do vírus", disse Barkindo neste domingo (3).
Em 2020, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo se viu forçada a diminuir a produção de um patamar recorde, uma vez que as políticas públicas para controlar a propagação do vírus, como lockdowns e isolamento social, diminuíram a demanda por combustíveis.
Primeiro, a entidade diminuiu sua produção para 9,7 milhões de barris por dia. Em seguida, caiu para 7,7 milhões. Em janeiro, para 7,2 milhões. Segundo Barkindo, a OPEP espera que a demanda global de petróleo suba para 95,9 milhões de barris diários em 2021, uma alta de 5,9 milhões, uma vez que a economia global deve crescer 4,4%.
A última previsão da OPEP em dezembro foi menor do que a estimativa anterior, que previa um aumento de 6,25 milhões em 2021. Mesmo que o desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus tenha gerado otimismo no mercado, o aumento na demanda ainda não levaria o consumo aos níveis de antes da pandemia, de cerca de 100 milhões de barris diários.